Poucos minutos antes de adentrar o cinema pra assistir Mickey 17, impressionante distopia satírica de Bong Joon-Ho, o feed no celular me trouxe um reel de Naomi Klein criticando os que pretendem se tornar os “colonizadores do espaço”. A sincronicidade e harmonia entre os conteúdos me assombrou. Mostrando-se horrorizada com a cerimônia que deu início ao segundo mandato de Mr. Trump, ela afirma que os senhores tecnofeudais do Vale do Silício (California, U.S.A.) “não acreditam neste planeta” (“none of them believe in this planet”):
Para estes bilionários como Musk, Bezos e Zuckerberg, o compromisso com a Terra – o Planeta A – é débil em comparação com a ambição desmesurada que possuem de brincar-de-deus em aventuras imperiais que se dirijam a outras esferas de nossa galáxia. Os ultra-ricos não se importam muito se nosso Planeta tornar-se inviável para a vida pois acreditam que seus bilhões de dólares levarão os Eleitos pela Divina Providência para um novo lar distante de nós alguns anos-luz.
Assim, a autora de Doutrina do Choque – obra de inestimável análise crítica de um planeta devastado pela globalização do capitalismo neoliberal (e que gerou ressonâncias para além da mídia-livro através do documentário de M. Winterbottom) – afirma que estamos hoje reféns de homens ricos-em-excesso, iludidos que são deuses ou super-heróis (os Batmans e Iron Mans fora das HQs), dispostos a enxergar nos cataclismos que eles mesmos ajudaram a criar as oportunidades para seguir lucrando e auferindo fama. Eles mostram-se cada vez mais dispostos a agirem como incendiários e não como bombeiros: são arsonists, dispostos a tratar a Terra como algo a ser torrado (“they are willing to torch it, literally torch it”, afirma Klein).
Afinal de contas, como quer Elon Musk, a missão dos bilionários hi-tech é transformar o homo sapiens numa espécie multi-planetas (um animal que existe em várias bolas cósmicas girando ao redor de vários sóis), e o plano do dono da Tesla, herdeiro de fortunas geradas por sua familícia durante o apartheid sul-africano, é resumível na fórmula “Occupy Mars”. Ou seja, no delírio megalômano desta plutocracia tecnocrática, trata-se de invadir o Planeta Vermelho para continuar ali a saga de nossa espécie; ou de colonizar algum outro planeta por aí com os happy few destinados a continuar a empreitada humana em outro astro depois que as elites econômicas deste aqui devastaram as condições para o florescimento da Vida e aniquilaram o futuro da biodiversidade na terceira rocha a partir do Sol.
Após a Sexta Extinção em Massa, bóra recomeçar em Marte ou Vênus com alguns humanos que sejam representantes do cream of the crop, que sejam o cume da pureza racial e da excelência genética!
Dentre as palavras que a autora canadense evoca para descrever esta seita macabra, digna dos piores pesadelos já representados em Black Mirror, está “apocalyptism” e “Christian Zionism”. Sim: os sionistas-cristãos, esta encarnação horripilante de uma aliança judaico-cristã de extrema-direita, fomentada pelo lobby pró-Israel e pelo excepcionalismo estadunidense, anglo-saxão, eurocêntrico, hoje em dia empurra-nos para um man-made apocalypse que o termo Antropoceno falha em captar em toda a magnitude de seu horror.
Refiro-me a estes elites endinheiradas que aplaudem o genocídio em Gaza e a violenta expropriação das terras dos palestinos na Cisjordâdia com a mesma sanha cruel com que celebram o negacionismo da catástrofe climática e que celebram os colapsos sistemáticos de todas as tentativas de pôr um halt nas causas do incêndio planetário em que fritamos.
O sucessor de Parasita – filme que fez história nas premiações cinematográficas, sendo aclamado em Cannes, no Oscar e além – revela que o cineasta sul-coreano prossegue no topo de seu jogo: provocativo, sagaz, distópico, frequentemente hilário, muitas vezes perturbador, sempre atento às tendências do contemporâneo mesmo quando se lança ao futurismo especulativo, Bong Joon-Ho reforça sua posição como um incomparável comentador social.
Em Mickey 17, que se passa em 2054, estamos claramente diante de figuras da vilania, representados sobretudo por Randall Marshall e sua esposa Ylfa (interpretados por Mark Ruffalo e Toni Collette), que evocam as megalomaníacas empreitadas Muskianas que Naomi Klein, Varoufakis, Peter Fraser e outros vem criticando.
Construído a partir do livro – já publicado no Brasil pela Planeta Minotauro – Mickey 7 de Edward Ashton (disponível aqui em ebook formato epub e em audiobook formato mp3), o filme toca fundo em vários dilemas da bioética do presente e do porvir ao especular sobre a impressora de seres humanos e o futuro dos bullshit jobs (David Graeber) em contexto de clonagem facilitada. Poucos sabem disto, mas o verdadeiro precursor e artista visionário que concebeu a impressora 3D nos moldes que figuram nas obras de Ashton e Bong Joon-Ho foi Primo Levi, mais conhecido como químico italiano que sobreviveu ao Holocausto, que foi também um magistral escritor de ficção, inclusive fantástica e científica (exploro isto em mais detalhes neste artigo: Do Sci-Fi Ao Sci-Fato – Sobre os poderes de prefiguração da ficção científica).
Vale notar que aqui estamos diante de uma nova aparição da figura do ciborgue ou organismo cibernético, e que lembra em alguns aspectos os replicantes de Blade Runner: é só notar que o termo réplica está pressuposto em replicante, e que esta entidade, no livro de K. Dick que inspira os filmes de R. Scott e D. Villeneuve, também servem à colonização espacial e à realização de tarefas que nenhum humano quer assumir; para além disto, os replicantes também eram fabricados com prazos-de-validade (talvez seria melhor dizer tempos-de-vida) radicalmente limitados, e assim como os Mickeys eles foram feitos para morrer logo e serem substituídos. A morte rápida – ou a vida breve – imposta pela Tyrrell aos seus ciborgues-escravos está no cerne de Blade Runner e ressoa também em Mickey 17.
Assim como indústrias podem fabricar em massa cópias de objetos vendáveis, como bonecos-de-pelúcia do Mickey Mouse, no filme de Bong Joon-Ho estes ciborgues/replicantes podem ser rapidamente impressos, o que causará também o problema da emergência dos múltiplos. Esta tecnologia polêmica, de sinistros efeitos, 3D-printer alimentada com matéria orgânica – inclusive excrementos, inclusive mistureba de células provenientes de várias espécies – é a cloaca hipertecnológica que vai vomitando as versões de Mickey em meio às mazelas do imperialismo intergaláctico previamente satirizado com verve por autores como Ray Bradbury (em As Crônicas Marcianas / Martian Chronicles).
Os Mickeys encarnados por Robert Pattinson são como clones que podem ser fabricados no espaço através de um maquinário que inclui genética computadorizada e upload de memórias para o novo cérebro, evocando um campo do sci-fi que vem proliferando com produções como Restore Point (2023, Robert Hloz) e à série da Amazon Upload. Com o episódio que faz nascer um duplo de Mickey 17 antes que este tivesse morrido de fato sua 17a morte, a obra embarca no campo farto e fértil das narrativas sobre o Doppelganger, justamente o tema no cerne do novo livro de Naomi Klein.
É interessante notar o quanto Mickey 17 se insere bem no restante da filmografia do diretor que vem agindo como cáustico crítico do disaster capitalism: através da contaminação corporativa (dumping) que polui o Rio Han de Seul em O Hospedeiro, ou da empresa Mirando e sua hoste de superpigs geneticamente modificados nas Auschwitzes de animais artificiais que figuram em Okja, sem esquecer do pesadelo apocalíptico sobre trilhos Snowpiercer, ninguém hoje no cinema global mainstream tem a audácia de realizar uma crítica do corporativismo capitalista como Bong Jooh-Ho – e desta vez não foi diferente.
Os expendables são os matáveis na perspectiva dos nossos nada louváveis “empreendedores” Elon Muskianos, metidos a novos Noés querendo figurar nos anais de um novo tecno-Gênesis, como Marshall e sua esposa. Membros de uma seita religiosa (não surpreenderia a ninguém se a qualificássemos de cristã-sionista ou de evangélica neo-pentecostal de extrema direita, apesar do filme não rotulá-la), eles foram para o Espaço para conquistá-lo e fundar uma colônia ariana, pura, de gente branca superior. Suspeito também que o tom de farsa que o filme evoca para lidar com a religiosidade dos colonizadores evoca a Scientology.
Com cáustica ironia o filme vai descrever uma espécie de caquistocracia hi-tech onde a casta superior vai fabricando seus trabalhadores descartáveis, suas cobaias torturáveis, seus servidores deletáveis, sendo que a longa série de Mickeys parece uma metáfora para toda a classe social dos blue collars, além de evocar à perfeição os empregos-de-merda que nos foram dichavados com maestria por David Graeber. Escreve o crítico Jacob Oller do site A.V. Club:
“The interplanetary colonization foreseen by Mickey 17 relies on a foundation of blue-collar schmucks who live, die, and repeat thanks to a fancy 3D printer that cranks out a new worker — replete with all their memories — every time the previous version bites the dust. (…) It wouldn’t be a Bong sci-fi without a blunt metaphor at its center, but the cyclical tragedy of Mickey’s poverty-driven circumstances are also rife with comedy.” (OLLER: 2025)
E para este fim os Mickeys, sub-humanos nascidos não de um útero mas de uma impressora 3D que entende genética e foi alimentada com matéria orgânica, são cobaias que podem ser congelados fatalmente (freezed to death), submetidos à contaminação viral ou poluição radioativa etc. Quem criou a sub-raça dos expendables, similares aos Ypisilons (a casta mais baixa) de A. Huxley em Brave New World, foram justamente aqueles ricaços que, segundo Klein, hoje tratam a Terra como expendable planet, ou seja, um planetinha substituível.
2. FAGULHAS DE REBELDIA
Na personagem de Nasha (interpretada por Naomi Ackie), a namoradinha espacial de Mickey após 17 vezes “ressuscitado” (ou re-imprimido), temos as fagulhas de rebeldia que tornam este sci-fi algo bem distante de mero entretenimento escapista. Seria exagero dizer que através de Nasha o feminismo negro se insurge contra a white supremacy, mas há algo no enredo que convida a pensar resistências ao projeto colonizador de Musks e Marshalls que venham bottom up, de baixo pra cima, e que sejam protagonizados pelos subalternos, oprimidos, tratados como discartáveis, e que estão dispostos a virar o jogo como fizeram os revolucionários que moravam confinados no vagão da escória em Snowpiercer e que tomam os vagões-VIP de assalto.
É Nasha a personagem que com mais vigor e fúria ataca o projeto imperial encabeçado por Marshall, sobretudo na cena em que ele está prestes a jogar o bebê-creeper no incinerador como se não passasse de um inseto nojento, a ser aniquilado sem dó por não passar de um alien estúpido, gosmento, asqueroso, tão desprovido de dignidade ontológica quanto uma barata. Nasha se insurge contra o cara lembrando-lhe: ô cara pálida, aqui neste contexto extra-terráqueo, nós humanos é que somos os alienígenas, e isto que chamamos de creepers são a população nativa. E esta merece mais respeito. Merece que tentemos compreendê-la como forma de vida alternativa, adaptada a esta friaca que nossos organismos não conseguem enfrentar sem space suits e outros artifícios.
Marshall está determinado a seguir com seu plano de extermínio total do que ele enxerga como uma praga no planeta a ser colonizado. Mobiliza a equipe de cientistas que criou o gás tóxico Arkady 3.0 e planeja cometer uma matança generalizada contra as criaturas que estão reunidas ao redor da nave desde que um dos seus foi sequestrado (e teve seu rabo cortado e colocado no liquificador como ingrediente para um novo molho).
Nasha é a voz de contestação que ousa se erguer contra a arrogância imperial de Marshall, tacando-lhe na cara algo como: ei seu estúpido! Nós invadimos o habitat alheio, sem compreender quem são estes organismos, qual suas capacidades cognitivas, como poderíamos nos comunicar com eles, e você só sabe pensar em iniciar uma guerra – altamente dispendiosa em gasto de calorias e recursos! – quando talvez os creepers só queiram o retorno de um membro de sua grande família que lhes foi usurpado…
A mim parece claro que o sarcasmo de Bong Joon-Ho, nesta produção, derrama-se fartamente sobre o projeto imperial chefiado pelos caricatos personagens encarnados por Ruffalo e Colette e que possui todos os elementos de eugenia, racismo, especismo que aprendemos a conectar com a violência colonial promovida pela supremacia branca.
Neste contexto, o romance entre Nasha e Mickey 17 – que, aliás, transforma-se num imbróglio complicado com a chegada de Mickey 18 e a dificuldade de pactuar um ménage-à-trois – pode ser interpretado numa chave rebelde: a mulher negra e o expendable, juntos, são uma ameaça ao delírio supremacista dos Randalls deste mundo, radicalmente contrários aos relacionamentos chamados “inter-raciais” (sic) e que desejam que o frio planeta que pretendem colonizar tenha seu start apenas com crianças branquinhas saídas de úteros de gente fina, elegante e de pele clara (isto fica claro na cena do jantar em que Randall demonstra sua predileção pelo útero “puro” da moça branca, jovem, gata…).
No impressionante grand finale, duas visões de mundo entram em choque: de um lado, Marshall adere a uma mentalidade-Netanyahu e quer tratar a população creeper como o Estado de Israel vem tratando 2 milhões de pessoas em Gaza; de outro lado, Nasha e Mickey 17 querem fazer uma espécie de pacto de pacificação com os creepers, devolvendo a estes o membro de sua comunidade orgânica que foi usurpado.
Na descrição das criaturas do planeta invadido, o filme de Joon-ho parece flertar também com o Estúdio Ghibli e com obras de Myiazaki como Viagem de Chihiro, Nausicaa do Vale dos Ventos e Princesa Mononoke, onde o “heroísmo” vem muitas vezes das simbioses que os humanos mais sábios e heróicos conseguem estabelecer com criaturas diversas deles, tendo que superar certos nojinhos e fobias que às vezes manifestam apenas especismo e auto-predileção (deixo aqui a sugestão de que consultem caminhos de reflexão muito férteis sobre o tema aqui brevemente aberto no livro mais recente de Donna Haraway, Ficar Com O Problema). Talvez eu não esteja totalmente insano em propor que Nasha e Mickey 17, tentando salvar o bebê da espécie nativa do planeta invadido pelos humanos, estão “tentando fazer parentes no Chthuluceno”.
Bong Joon-Ho instaura um comentário crítico irônico a respeito do próprio cinema ao descrever as fantasias de Marshall, fomentadas por seus asseclas, de ser filmado em um grande episódio histórico-épico, em que mobilizam-se as câmeras para registrá-lo em um discurso Napoleônico que precede o genocídio das bestas.
Nestas cenas, Mickey17 alça-se às alturas da obra-de-arte de metaficção, campo estudado com excelência no livro do Prof. Gustavo Bernardo, apontando para o desejo deste político fracassado, duas vezes derrotado nas eleições, de tornar-se famoso através da filmagem e divulgação de suas proezas. Algo do gozo de Musk por estar em evidência na mídia global, causando fuzuê com suas saudações nazistas e outros atos performáticos de mau gosto, plasma-se neste caricato Randall, tarado por uma fama que não é universal, mas é sobretudo o desejo de sentir-se adorado pelos devotos de sua seita. Mark Rufallo tem se especializado em papéis assim, hiperbólicos e destinados a gerar uma incômoda hilariedade na platéia, como fez no Poor Things de Lanthimos anteriormente.
Resta ainda sublinhar que tudo o que assistimos acontecendo naquele planeta gelado tem muito mais o caráter de empreendimento privado do que de o resultado de política pública e de escolha cívica que tenha sido previamente alvo de eleição ou plesbiscito. A colonização de Niflheim é uma private venture baseada em uma tecnologia que na Terra está proibida. Mais um elemento daquilo que estivemos aqui insistindo em destacar: o papel de Bong Joon-Ho na denúncia fílmica do capitalismo corporativo e suas imensas mazelas que se projetam também rumo a nossos turbulentos amanhãs.
Saí do cinema também convicto de que uma leitura Walter Benjaminiana deste filme não é apenas possível mas muito bem-vinda: dá o que pensar o tema da futuridade daquilo que este pensador chamou de reprodutibilidade técnica. Ainda que Benjamin – que nos legou um fragmento sobre Mickey Mouse – estivesse mais focado no tema da obra-de-arte que torna-se loucamente reprodutível com a entrada em cena da Indústria Cultural, perdendo sua aura de objeto único-singular, podemos cada vez mais inserir todo o âmbito do vivo-orgânico entre aquilo que pode ser tecnicamente reproduzível, replicável, clonável. O que diria Benjamin da obra de Joon-Ho é uma pergunta que me interessa.
A ficção especulativa já está mergulhada na imaginação do Caos com C maiúsculo gerado pela clonação desenfreada – e outro sintoma disto é a série canadense Orphan Black, da BBC America, em que a excelente atriz Tatiana Maslany tem tarefa mais difícil do que a de Robert Pattinson: por várias temporadas, tem que encarnar várias versões de si mesmas, numa multiplicidade que o filme de Bong Joon-Ho explora apenas rapidamente.
Parece-me que Bong Joon-Ho investe cada vez mais na fusão de distopia e sátira, numa vibe que se assemelha a de produções como Idiocracia (2006, de Mike Judge), Não Olhe Para Cima (2022, de Adam McKay) ou mesmo do Starship Troopers de Verhoeven e do Marte Ataca! de Tim Burton, com resultados que em minha avaliação superam em qualidade e impacto os citados. No campo do sci-fi cômico, Joon-Ho não tem rivais à altura no cinema atual e Robert Pattinson conseguiu bons resultados com sua interpretação de Doppelganger que se inspira também em Debi & Lóide e na animação Ren & Stimpy (informações da Wikipedia).
Certamente não é um filme para todos os gostos, mas me agrada bastante esta cáustica abordagem do apocalipse corporativo e do pesadelo hi-tech que o diretor vem realizando sempre com pleno domínio de sua arte. Se inserirmos Mickey 17 no devir de sua vigorosa filmografia e o considerarmos como um artista do campo da ficção especulativa, sua grandeza se alça a nível comparável ao de figuras como Ray Bradbury, Stanislaw Lem e Kurt Vonnegut. Ao mesmo tempo hilária e desconcertante, cáustica e provocativa, esta nova obra-prima fílmica revela que o diretor de Parasita, Snowpiercer, Hospedeiro, Okja, Mother e outros é um dos mais contundentes e relevantes artistas em atividade em nosso conturbadíssimo mundo contemporâneo.
OUTRAS CRÍTICAS: G1 – Correio Brasiliense – Plano Crítico – AV Club – NYTimes.
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Publicado em: 09/03/25
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
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